Abril 25, 2024

Criança e música: o efeito Mozart, info ou intox?

Existe uma ligação entre a escuta passiva de música clássico e inteligência? Esta questão foi objeto de muito debate e estudo científico nos anos 90. Em 1993, uma professora de psicologia da Universidade de Oshkosh, Wisconsin, EUA, Frances Rauscher, acreditava que ouvir dez minutos de Mozart por dia aumentaram o desempenho intelectual. Em um artigo publicado na revista Nature, ela mostrou um aumento temporário no QI.

Depois de ouvir uma sonata de Mozart, os alunos tiveram uma melhora em sua capacidade por cerca de quinze minutos.
Mas em 1996, o efeito Mozart foi seriamente questionado. A pesquisadora Susan Hallam, da Universidade de Londres, testou 8.000 crianças. Alguns ouviram música do compositor, outros do música pop e um terceiro grupo uma história.

As crianças pequenas foram solicitadas a fazer testes de QI antes e depois do experimento. O cientista não notou diferença entre os três grupos de crianças. Em uma entrevista com a BBC, Susan Hallam explicou que o música clássico não era necessário para melhorar a memória e o comportamento. Depende de como música é percebido pelo ouvinte.

Se os pesquisadores concordaram que o efeito Mozart teve um efeito benéfico no bem-estar, não há evidências de que ele tenha algum efeito sobre o intelecto. Por outro lado, muitos estudos confirmam que a prática de um música permite que as crianças façam mais progresso e desenvolvam seu QI.



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